Oi gente, aqui tem uma série de histórias e "causos" que acontecem comigo e com vários colegas.

A idéia é fazer rir e refletir! E contar de uma maneira bem-humorada, o dia a dia dos profissionais da imagem.

Quem quiser contribuir com mais histórias e informações pode mandar para meu e-mail (programadigital@gmail.com).

Divirtam-se, comentem, curtam e compartilhem!!!




terça-feira, 24 de abril de 2012

Pra não dizer que não falei das flores...

Hoje vou falar das coisas boas da profissão de fotógrafo, das razões que nos fazem querer seguir em frente.

Converso com vários colegas e alguns se mostram preocupados com esse modismo que é "ser fotógrafo". Parece que vem a Fada do Diafragma e abençoa a criatura que de um dia para o outro diz "agora eu sou fotógrafo".

Claro que isso incomoda bastante, porque é difícil para o cliente perceber que não está diante de um profissional.

Mas como sempre digo, só os fortes sobreviverão.

E quando falo "Fortes" me refiro aos que amam o que fazem, que sabem o que fazem e porque o fazem.

Uma das coisas que me emociona muito é perceber o ciclo que vamos percorrendo principalmente na fotografia social.

O casamnento, a gravidez, o primeiro aninho, a comununhão, 15 anos, formatura e outros casamentos, bodas...

Claro que nem sempre o ciclo vem nessa ordem, mas é muito gratificante ser ainda "O Fotógrafo da Família".

Ou então quando a gente participa dos primeiros passos de uma empresa, onde tudo são sonhos e expectativas. Aí depois de alguns anos você vê tudo concretizado, e as dificuldades do começo acabam sendo motivo de risos.

São esses alguns motivos que me fazem acreditar que vale a pena continuar registrando e documentando a história de várias maneiras, estando no lugar certo na hora certa, no ângulo certo e na luz perfeita, ou todo esticado no lugar errado na pior hora, de ponta cabeça, "puxando no ISO" por falta de luz, enfim a melhor foto.
E é por saber da responsabilidade que cada clik representa, que procuro fazer com seriedade e respeito meu trabalho.


"Um viva aos nossos Heróis" (Pedro Bial)

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Stand Up Comedy de Fotógrafo

Meu último post foi bem sem graça, foi mais pra registro mesmo, então agora fiquei pensando em algo mais divertido, daí imaginei como seria um stand up comedy de fotógrafo, e acho que poderia ser mais ou menos como segue.

O sujeito chega ao centro do palco e se apresenta:

- Boa noite, meu nome é Andres Lovera, sou fotógrafo...

Aí já é pra primeira deixa para os risos da plateia, porque ser fotógrafo hoje já é uma piada.

- Mas não vão pensando que vida de fotógrafo é assim tão ruim, tem muita coisa boa, agora não consigo lembrar de nada mas tem um amigo fotógrafo que já me falou algumas. Ou será que ele era ginecologista?

- E por falar nisso, tem coisa mais agoniante que nú artístico? Porque você só tem certeza que ela é ELA quando tira a calcinha, e aí meu amigo, não tem mais escapatória. Se ela é ELE, você finge que tinha percebido desde o princípio, mesmo que tenha passado alguns segundos torcendo para aquilo ser apenas um clitóris avantajado.

- Claro que eu não tenho nenhum preconceito, mas às vezes assusta. Uma vez um rapaz me pediu pra fazer uma foto de corpo inteiro. Muito bem, posicionei ele no centro do estudio, fiz a foto e mostrei na câmera pra ele. Ele disse "legal, podemos começar então?". Como assim? Pra mim já tinha terminado, mas aí foi que eu entendi que era O CORPO INTEIRO, parte por parte, cabeça, tronco e MEMBROS!

- Mas a gente passa por cada uma. Nunca me esqueço de uma senhora que veio fazer fotos para anexar no precesso de separação, ela me conta que depois de 15 anos de casada, o marido a agrediu, e precisava das fotos dos hematomas para comprovar. Isso dá muita pena, a senhora ali, com marcas de espancamento, expondo-se a um estranho em uma circunstância tão constrangedora.

- Só que quando comecei a fotografar, a senhora começou a fazer praticamente a direção artística das fotos: "será que não é melhor fotografar mais de perto? Será que aparecem bem os machucados? Se o senhor pegar mais daqui assim não fica melhor? Não está muito escuro aqui? Ainda acho que o senhor tá muito longe!"

- Olhe minha senhora, não sei como o seu marido não a matou, porque eu conheço a senhora a 5 minutos e já quero lhe dar uma porrada, imagina ele se segurando há 15 anos!!!

- Muito obrigado, meu nome é Andres Lovera, fotógrafo, podia estar roubando ou matando, mas trabalho para eternizar seus melhores ou piores momentos.

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Profissão Perigo!

Hoje vou fazer um comentário sobre o que ocorreu com o colega Victor Hugo/Itajaí-SC.

Tive a desagradável surpresa em ver um post dele compartilhado por vários outros fotógrafos no facebook,
noticiando o roubo de alguns equipamentos, enquanto fazia uma sessão externa (making off de noivos no trapiche de Porto Belo).


O fato de levarem teus instrumentos de trabalho, ou pertences pessoais já é um sentimento de impotência frente a essa situação de insegurança que vivemos.

Agora, eu tenho uma recomendação a quem vive da fotografia (e também no caso, de filmagens):

Colegas, nós não somos obrigados a submeter-nos aos caprichos de nossos clientes. O perigo de assaltos não é uma novidade. E há outros perigos, basta ler meus posts anteriores.

Certa vez eu fui procurado para fezer uma sessão de fotos, de madrugada, em um local distante e deserto. Era um nú artístico ao ar livre.

Eu fiz uma exigência aos clientes, faria o trabalho desde que solicitassemos um patrulhamento no local, e que qualquer custo para isso seria por conta deles. Claro que não aceitaram, e ainda me trataram como fresco e metido.

Gente! Eu estou contando histórias neste blog, de forma "engraçada", porque graças a Deus posso rir de tudo hoje, mas é um alerta que faço para que todos valorizem mais seu trabalho e sua dignidade.

Não é certo que por caprichos e modismos da atualidade, esqueçamos a segurança e o profissionalismo.

Infelizmente a classe dos profissionais da imagem não é suficientemente unida a ponto de estabelecer procedimentos de segurança nas produções.

Cada um de nós sabe a quantidade de equipamentos e acessórios que levamos para uma externa, aí vem o cliente fala: "vamos no nosso carro, assim você não gasta sua gasolina", como se a gasolina fosse o grande gasto na história. Mas é claro que se levarem o carro, que seja o deles!

Este post não foi nada engraçado, mas fica minha solidariedade ao amigo Victor Hugo, e também a dica aos demais.

"Corra os riscos que forem necessários, mas cobre o preço que isso vale!" (Andres Lovera)

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Doce mel


Hoje vou contar um causo "tenso" que me aconteceu durante um book externo.

E aqui aproveito pra dar algumas lições...

Minha cliente me pediu para fazer umas fotos no Parque Ecológico de Balneário Camboriú, um lugar muito interessante, pouco utilizado para esse fim, visto que a maioria das pessoas prefere a praia como cenário.

Primeira lição: quando você escolhe um local público para fazer fotos, é necessário que o cliente saiba que fatalmente vão aparecer curiosos e "abelhudos", então eu sempre procuro minimizar o impacto "constrangedor" para o cliente.

Nesse dia especificamente, os curiosos eram um grupo de escoteiros que estava realizando uma reunião no mesmo local. Inicialmente fiquei até tranquilo, porque se tratando de escoteiros imagina-se que são mais "camaradas". Não foi bem assim, e devido aos olhares, risos e deboches procurei me afastar um pouco do grupo para que a moça ficasse mais a vontade.

O cenário estava ajudando muito, e as fotos ficando lindas. Foi quando minha modelo quis fazer uma pose apoiada em uma árvore.

Segunda lição: dê uma boa avaliada em árvores e locais que podem apresentar algum perigo, como velhas construções e estruturas de resistência duvidosa.

No nosso caso, quando ela se encostou na árvore, começamos a perceber a presença de insetos e logo percebi que eram abelhas.


Imediatamente, procurei retirar a garota do local, correndo para bem longe, com ela aos gritos, em pânico. Os nossos queridos escoteiros se rachavam de rir da cena.Por um instante achei que os escoteiros podiam ser uma ajuda importante caso a garota fosse alérgica e tivesse sido picada, mas eles nem sequer se aproximaram para prestar alguma ajuda.

Já longe do perigo procurei manter a menina mais calma, quando de repente ela começa a gritar novamente, dizendo que estava ouvindo as abelhas. De fato eu podia ouvir o zumbido também. Com cuidado procurei achar a abelha, que estava no meio do cabelo dela e com o próprio cabelo fiz um "bolinho" e esmaguei a abelha, porque se tentasse retirar sem matar podiamos ser picados.

Terceira lição: Entendeu porque as pessoas preferem a praia?


Deixando bem claro, não tenho nada contra os escoteiros, inclusive meu irmão sempre pertenceu ao movimento e por causa disso talves eu tenha ficado tão desapontado com a falta de solidariedade, até porque haviam chefes junto. O ocorrido foi dia 16/05/2009 no parque ecológico de BC, caso alguem tenha se ofendido. Mas pra mim não tem justificativa o deboche e atitude.

"Que deselegante"
(Sandra Annemberg)